Foto: Lema da unidade
Foto: Foto da unidade da Polícia Militar de Santa Catarina
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PMSC parabeniza policiais precursores na comunicação à distância


O telegrafista era o profissional que enviava e recebia mensagens muito antes do surgimento do telefone e da internet. Ele se utilizava do telégrafo para comunicações à distância.
O telégrafo foi amplamente utilizado por corporações militares por muitos anos, especialmente na Primeira Guerra Mundial. Somente a partir da Segunda Guerra Mundial é que se passou a utilizar outras formas de comunicação, mas ainda assim em conjunto com a telegrafia.
Muito embora o telégrafo tenha caído em desuso nos dias de hoje, o Código Morse ainda é amplamente utilizado na navegação marítima e aérea, em satélites e no radioamadorismo.
No Brasil, o dia 24 de maio foi instituído pelo então presidente Getúlio Vargas, que sempre foi admirador dessa profissão, classificando o telegrafista como "um herói anônimo que prestava serviços necessários, sempre de forma eficiente, para a sociedade".
Hoje, vivemos a era digital, onde os meios de comunicação estão cada vez mais velozes e eficazes.
Em frações de segundos uma informação se propaga por todo o mundo através da internet.Com isso, muitos meios de comunicação que antes eram essenciais acabaram desaparecendo.
Isso ocorreu com as cartas e também com o telegrafista, uma vez que o próprio telégrafo se tornou obsoleto.
Mesmo assim, a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) faz questão de parabenizar aqueles que dedicaram parte de sua carreira à nobre missão de operar o telégrafo e repassar as mais diversas mensagens institucionais.
Destaque para os subtenentes Marciano Silva Filho e Adircio Manoel dos Santos, ambos da reserva remunerada, que operavam os telégrafos da PMSC na década de 80. Muitos outros policiais, espalhados pelo Estado, também exerceram a função.
*Atualmente, os dois policiais compoem o quadro do Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública (CTISP) e atuam junto à Sala de Situação do Comando-Geral da PMSC.
Telegrafistas da PMSC
No início da década 80, a PMSC contava apenas com uma Rede Radio HF/SSB, para comunicação à longa distância, ligando todas as OPM/OBM da época ao Comando-Geral. Os operadores das transmissões eram subtenentes e sargentos radiotelegrafistas. Eles utilizavam um manipulador de CW para repassar a comunicação em Código Morse. Todas as mensagens eram elaboradas em formulário próprio, através dos comandos e encaminhadas aos postos de comunicações das OPM/OBM, para serem transmitidas.
Com advento do telex (teletipo), o Comando-Geral contratou, através da Embratel, a Rede Reparte (Rede Particular de Telex), que disponibilizou todos os equipamentos de telex que foram sendo implantados gradativamente em todas OPMs da capital e interior. Na época, foi um grande avanço para o setor das comunicações, devido a facilidade e comodidade na operação, que passava a ser transmitida e recebida em tempo real, entre transmissor e receptor.
Possibilitava, assim, que as mensagens circulassem por toda a rede, com recebimento automático e sem a presença de operador. E ainda possuía um gravador de fita perfurada, que permitia também receber a mensagem impressa em papel e/ou através de fita perfurada para utilizar em caso de retransmissão.
Mais à frente, em 1985, foi inaugurado o primeiro Copom na Capital, no prédio do QCG. Totalmente informatizado, com o mesmo sistema utilizado na época pelo Copom de Belo Horizonte, que contava com um computador SISCO, com CPU e terminais de computadores nas posições dos telefonistas e despachantes.
Com a evolução da informática, no início da década de 90, foi iniciada a implantação gradativa da rede de microcomputadores através do Ciasc, quando então passou a ser utilizada a INTRANET, para transmissão entre as OPMs. A nova tecnologia permitiu a troca de mensagens entre todos os usuários. A partir de então, o sistema Telex e o Sistema Radio HF/SSB foi desativado e os profissionais remanejados para outras funções.
Foto: 3º sargento RR Paulo Henrique Santana/CCS e subtenente Marciano Silva Filho/Arquivo